A reunião virtual do Bloco V do Plano Estratégico do Ministério da Agricultura, realizada na manhã desta quinta-feira, trouxe as atualizações dos três estados do Sul sobre o Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). Diante das apresentações realizadas, o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul, Rogério Kerber, destacou a vanguarda do trabalho realizado no estado, com o apoio do fundo. “Vimos os representantes mencionando a importância da adesão do produtor ao sistema informatizado de defesa agropecuária, o que já é possível no estado, com a informatização das inspetorias através de convênio com o fundo, há mais de dez anos”, destacou.
Todos os representantes dos estados, bem como os membros do Ministério da Agricultura, pontuaram a importância da participação do produtor em todos os processos de vigilância. A notificação de suspeitas é fundamental para garantir a contenção rápida de um eventual foco da doença. “É o primeiro alarme que podemos ter, a observação do produtor sobre qualquer suspeita”, afirmou a coordenadora do bloco, Eliana Renúncio. Kerber concorda e pontua que o Fundo vem trabalhando justamente para disseminar o conceito de responsabilidade compartilhada, como forma de contribuir com a vigilância agropecuária.
Banco de Vacinas e Fundo Nacional
A criação de um banco de vacinas é demanda frequente de entidades de produtores do Rio Grande do Sul ao longo da discussão da retirada da vacinação contra a febre aftosa. O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Geraldo Moraes, falou sobre os estudos que vêm sendo realizados, sobre o formato do banco, tipos de imunizante, e número de vacinas necessárias em casos de emergência sanitária. Segundo ele, o país ainda tem reserva de fornecimento do imunizante para os tipos O e A até 2023. “Neste período, teremos tempo suficiente para construir e adequar nosso banco de vacinas”, afirma.
Outro tema abordado foi a criação do Fundo Nacional de Sanidade Animal. A ideia, que ainda está sendo estudada, é de que seja um fundo privado, com diferentes alíquotas conforme a cadeia produtiva. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, afirma que o Fundo gaúcho, criado em 2006, foi pioneiro nesta segmentação e traz, em contas separadas, as contribuições diferenciadas para aves, suínos e bovinos de corte e leite. “A aplicação dos recursos também é proporcional à arrecadação, sendo reservados 50% do saldo para indenizações e 50% para investimentos”, explica.
Sobre o calendário do PNEFA
O Bloco V do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa é composto por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. As reuniões gerais, com o Ministério, ocorrem anualmente. O objetivo de atualizar as informações referentes às ações executadas em cada um dos estados participantes, com envolvimento dos setores público e privado.
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Thais D’Avila
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