O parto empelicado acontece quando o bebê nasce dentro da bolsa amniótica intacta, uma membrana em formato de saco preenchida de líquido amniótico cuja principal função é proteger o feto e mantê-lo aquecido durante a gestação.
Ou seja, o parto empelicado é quando a bolsa não se rompe durante o trabalho de parto ou no parto em si. Esse tipo de parto normal é bastante raro: estima-se que aconteça um em cada oitenta mil nascimentos, embora possa ser mais comum em cesáreas.
Carla Betarelli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Pro Matre, explica que em partos vaginais, o parto empelicado pode ser mais provável de ocorrer em nascimentos prematuros, uma vez que o bebê é menor, assim como o saco amniótico que o envolve. Dessa forma, ambos passam facilmente pelo canal vaginal.
Em caso de mães portadoras de HIV – em cesariana -, o parto empelicado pode ser induzido, evitando o contato do feto com o sangue materno, diminuindo assim a chance de transmissão.
Existe algum risco no parto empelicado?
De acordo com Carla Betarelli, partos empelicados são totalmente seguros e não oferecem nenhum risco para o bebê ou para a gestante. Enquanto o bebê estiver dentro do saco amniótico ele continuará recebendo nutrientes e oxigenação através do cordão umbilical.
Posteriormente ao nascimento é feito o rompimento da membrana e a partir de então a equipe médica deve seguir os passos normais de um parto, que consiste em verificar os sinais vitais do bebê e certificar que ele respire pela primeira vez.
O papel do obstetra na ruptura da bolsa
A ruptura proposital da bolsa é chamada de amniotomia e é indicada como uma das medidas não medicamentosas para induzir o parto ou corrigir uma distocia funcional – quando a paciente tem uma parada na evolução durante o parto.
Como explica a obstetra Carla Betarelli, evitar intervenções desnecessárias pode ajudar a manter a bolsa amniótica íntegra, no entanto, normalmente durante o trabalho de parto, quando as contrações ocorrem, a pressão sobre a bolsa aumenta e ela rompe espontaneamente.
É possível programar o parto empelicado?
Por se tratar de um evento raro durante o parto normal, o parto empelicado é muito difícil de ser programado. “Já na cesariana, por exemplo, como citado com a mãe portadora de HIV, pode ser planejado o parto cesariano eletivo para assim ser realizado o parto empelicado”, esclarece a ginecologista.
Escrito por Thaynara Moreira
Redação Minha Vida
Fonte: https://www.minhavida.com.br