Mais de 5 milhões de empresas terão direito a empréstimos do Pronampe

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A partir dessa quarta-feira (07), empresas de todo o país passaram a ter direito a empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A Receita Federal autorizou que bancos credenciados concedam novas linhas de financiamento.Os microempresários podem pegar emprestado, do banco, até 30% da receita bruta anual da empresa, registrada em 2019 e 2020. A Receita Federal está enviando comunicados no celular, e nas mensagens o órgão informa o valor que pode ser emprestado e em qual banco o montante está disponível.Na hora de pagar o financiamento, os juros serão de 6% ao ano. Para o economista William Bahgdassarian, antes de pedir o benefício o comerciante precisa saber se vai ter como pagar o empréstimo. “A empresa precisa ter muita clareza se esse empréstimo vem, de fato, para aumentar a capacidade, gerar capital de giro e mantê-la em operação, ou se simplesmente está piorando o problema que já existe. Algumas empresas não são viáveis e com as pandemias, se tornaram ainda menos viáveis. Então, o empresário precisa ter muita clareza se o recurso vem, de fato, para ajudar e tornar a empresa lucrativa, ou se é uma prorrogação do problema”. O Pronampe é uma medida criada no Senado Federal para amenizar os impactos financeiros que a pandemia da Covid-19 causou aos pequenos comerciantes. Recentemente o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que faz do Programa uma medida permanente. O senador Marcos Rogério (Democratas-RO) apoia a iniciativa. “O ideal, no início, não era nem a geração de novos empregos, era manter os que já tinha. Nesse sentido, o programa cumpre seu papel, mas neste momento a gente começa a observar que, além de garantir os empregos, ele também estimula a geração de novos empregos”. O comércio de Kilbert Marques é um dos mais de 5 milhões de empreendimentos que têm direito a receber. Para o comerciante, isso será um alívio pois, desde o início da pandemia, as vendas da lanchonete caíram cerca de 70%. “Ninguém espera passar por uma situação dessa, mas durante esses 14 anos eu tive uma boa organização, trabalhei com capital de giro, sobrava, mas nesses 1 ano e pouco de pandemia levou tudo embora. A gente está sem um centavo de capital de giro”, lamenta. A nova rodada de empréstimos pode gerar gastos de até R$ 25 bilhões aos cofres públicos. Quem precisar do benefício deve devolver o dinheiro com o valor reajustado após 11 meses depois do empréstimo. O financiamento poderá ser feito em até 48 parcelas.

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

Crédito da foto: Jane de Araújo/Agência Senado

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