Semana da CPI da Covid-19 tem prisão e averiguações sobre possíveis irregularidades da vacina Covaxin

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que analisa possíveis omissões do Governo Federal no enfrentamento à Covid-19, senador Omar Aziz, ainda não definiu quem serão os próximos depoentes. Esta semana os depoimentos de maior impacto foram do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, e de Francieli Fantinato, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI).Em seu depoimento, Dias negou que pediu propina para negociar as vacinas da AstraZeneca, acusação feita pelos irmãos Miranda, que também disseram que Roberto Dias fez pressão para a importação da vacina Covaxin, mesmo com indícios de irregularidades. “Estou sendo acusado sem provas por dois cidadãos. O senhor Domingueti, que aqui nesta CPI foi constatado ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde, e o nobre deputado federal Luis Miranda”, ressaltou Roberto Dias, ex-diretor de logística do MS. Após 8 horas de depoimento, Omar Aziz tomou uma decisão que surpreendeu a todos: mandou prender Roberto Dias por, segundo ele, ter cometido perjúrio durante o depoimento. “Ele vai ser recolhido pela polícia do Senado. Ele está mentindo desde manhã, dei chance para ele o tempo todo, pedi por favor, pedi várias vezes e tem coisas que não dá pra admitir”. Roberto Dias foi solto logo após pagar fiança de pouco mais de R$ 1 mil. Hoje o senador Marcos Rogério (Democratas-RO) criticou a postura de Aziz. Pela lei, investigados não precisam jurar falar a verdade na CPI. O presidente da comissão reconheceu que exagerou na medida, mas mesmo assim, Marcos Rogério não concordou com o parlamentar. “Ontem foi um dia tenso e que não deve se repetir. As garantias constitucionais devem ser asseguradas a todas as pessoas”.Francieli Fantinato foi exonerada do cargo de coordenadora do Programa Nacional de Imunização na última quarta-feira (07). Foi ela que pediu para deixar o cargo. Em depoimento, Francieli disse que a eficácia de todos os imunizantes é comprovada cientificamente, mas a politização das vacinas tem gerado dúvidas na população.Na quinta-feira (08), os senadores entregaram uma carta ao presidente da República, Jair Bolsonaro, pedindo para que ele se posicione sobre a suposta aquisição irregular das vacinas da Covaxin. “Da mesma forma que ele vai para o cercadinho na saga contra jornalistas e contra a CPI, é uma oportunidade que ele tem de dizer que o deputado é um mentiroso, é um canalha, aqueles adjetivos todos que ele costuma dar aos seus adversários”, salientou Omar Aziz. O Governo Federal ainda não se manifestou sobre a carta protocolada pelos senadores.

Por Luis Ricardo Machado

Rede de Notícias Regional /Brasília

Crédito da foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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