Incontinência urinária em adultos: saiba mais sobre o distúrbio

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Condição atinge mais mulheres que homens e pode ter diferentes causas, como fraqueza nos músculos da parede da bexiga.

A dificuldade ou impossibilidade de conter a urina na idade adulta pode ser um assunto pouco falado, mas é mais frequente do que muitos imaginam. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 5% da população adulta sofre de incontinência urinária. Entre as mulheres, o problema é mais comum: 35% das mulheres com mais de 40 anos sofrem com o distúrbio.

A incontinência urinária na idade adulta pode ser classificada em diferentes tipos e suas causas são diversas. O diagnóstico costuma ser simples, com a realização de alguns exames. Alguns tipos possuem tratamento, mas é possível viver bem com a condição utilizando alguns itens de cuidado pessoal, como fraldas e absorventes.

Você sofre de IU ou conhece alguém que passa pela situação? Conheça abaixo o que pode causá-la, os tipos possíveis de incontinência, as formas de diagnóstico e as possibilidades de tratamento.

O que é incontinência urinária?

A condição pode ser definida como a perda involuntária de urina, que pode ser tanto parcial quanto integral. A incontinência urinária pode ser consequência de outros problemas ou condições ou, ainda, surgir isoladamente.

Embora não represente um problema grave por si, a IU pode levar a outras condições clínicas, como a infecção do trato urinário, a dermatite perineal e quedas. Além de consequências físicas, o distúrbio pode afetar o paciente psicologicamente, resultando em perda de autoestima, isolamento, redução da atividade sexual, ansiedade e até depressão.

Quais os tipos?

O distúrbio pode ser classificado em quatro tipos: de urgência, de esforço, por transbordamento e funcional. É possível ter mais um tipo, o que caracteriza a condição como incontinência mista.

A incontinência de urgência é caracterizada pela perda não controlada de urina, em grande ou médio volume, que acontece pouco depois de uma intensa, incontrolável e urgente necessidade de urinar.

Já a incontinência urinária de esforço é definida pelo vazamento de líquido, com volume baixo ou moderado, após esforços físicos que mexem com a pressão intra-abdominal, como espirro, tosse, flexão, levantamento de pesos ou até mesmo risadas.

A condição por transbordamento, por sua vez, ocorre quando há perda de urina em gotas devido à sobrecarga da bexiga. De forma geral, o volume de urina perdida é baixo. Contudo, se a perda for constante, o vazamento total pode ser de grande volume.

Por fim, a incontinência urinária funcional é o vazamento de urina que ocorre devido a condições mentais ou físicas que impedem o controle da micção. Casos de UI funcional são, por exemplo, de pessoas acamadas, que não conseguem se locomover ao banheiro, ou com Alzheimer, que podem não se lembrar do caminho até o cômodo.

Causas do problema

Há diferentes causas possíveis para a incontinência urinária em adultos, principalmente considerando as diferentes classificações do distúrbio. Entre elas estão:

  • hiper ou hipoatividade dos músculos da parede da bexiga;
  • obstrução da saída da bexiga, que impede a saída da urina;
  • fraqueza dos músculos pélvicos;
  • aumento no volume da urina;
  • má coordenação dos músculos da bexiga com o esfíncter urinário;
  • problemas funcionais diversos.

As duas primeiras causas, tanto isoladamente como em conjunto, podem levar à retenção urinária (incapacidade de urinar) e exigem mais atenção por parte do paciente. O aumento no volume da urina pode acontecer por diversos motivos, como diabetes, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e uso de diuréticos, e pode levar ao aumento de urina perdida por episódio de incontinência.

Como é feito o diagnóstico?

Antes de realizar o diagnóstico, geralmente o paciente já apresentou um ou mais episódios de perda de urina. Para identificar a UI, os primeiros passos são a anamnese (perguntas gerais sobre a perda de urina que o paciente sofre) e o exame pélvico, também chamado exame físico, que consiste em testar a força, os reflexos e as sensações nas pernas e região genital/anal do paciente.

Para conseguir um diagnóstico mais preciso, após o exame pélvico são feitas outras avaliações, como urinálise, cultura de urina, exames de sangue para analisar a função renal e, eventualmente, exames urodinâmicos (que incluem cistometria, cistometrografia e exame de taxa de fluxo urinário).

Tratamentos e recomendações

As formas de solucionar a incontinência urinária variam de acordo com a causa do distúrbio e só são prescritas por profissionais da área, pois podem envolver medicações, uso de dispositivos externos ou cirurgias. Contudo, de maneira geral, são sempre recomendados exercícios para os músculos pélvicos, treinamento da bexiga e modificação da rotina de ingestão de líquidos.

Fonte: Redação

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