Em Pelotas, projeto leva Educação Sanitária em Agropecuária para ensino remoto de escolas durante a pandemia

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Com uma atuação de mais de 10 anos com o projeto “Educação Sanitária na Escola”, a Regional Pelotas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) teve que se ajustar ao período de aulas remotas impostas pela pandemia de Covid-19. As ações do projeto estão levando, mesmo no período de ensino remoto, conceitos importantes sobre saúde única – saúde humana, animal e ambiental – para escolas municipais e estaduais de nove municípios da região.

“A educação em saúde está presente em todos os momentos da vida do ser humano. Por isso, além de ações para produtores rurais, profissionais técnicos e outras instituições, também é importante chegar aos estabelecimentos de ensino, que são uma das agências educativas da vida do ser humano, em que acontece um processo de desenvolvimento, formação de valores e responsabilidades”, explica a responsável pelo Setor de Educação Sanitária da regional, Neila Vieira.

Escolas de ensino infantil e fundamental dos municípios de Arroio do Padre, Arroio Grande, Cerrito, Herval, Jaguarão, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado e Morro Redondo têm recebido, do Setor de Educação Sanitária da Regional Pelotas da SEAPDR, materiais educativos, como folders, vídeos com palestras, informativos e histórias em quadrinhos, abordando assuntos relacionados à saúde pública, sanidade animal e ambiental. Tuberculose, toxoplasmose, raiva e cisticercose são alguns dos temas tratados. Os materiais são enviados aos professores por e-mail ou WhatsApp.

Supervisora de ensino de Ciências da Natureza na Secretaria Municipal de Educação de Pelotas pelo período de 2016 a 2019, a professora Luciane Ribeiro destaca que sempre contou com o suporte do projeto de Educação Sanitária, e que isso não mudou durante a pandemia e o ensino remoto. “O material sempre foi de muita valia, porque existem alguns temas específicos que a gente não consegue achar em livro didático, e o que se acha em rede social não se tem certeza de que é um material bom mesmo. Então tudo o que recebemos da Secretaria Estadual de Agricultura a gente já sabe com segurança que é um material bom para ser utilizado”, explica.

A professora Marlene de Moura Dias, da Escola Municipal Ulisses Guastucci, em Cerrito, conta que o projeto de Educação Sanitária já é desenvolvido há muitos anos no município. “Por sermos uma escola rural, o tema sempre interessa muito aos nossos alunos. Estamos agora com as aulas híbridas, mas durante 2020, a partir de 26 de março, iniciamos as aulas on-line e o projeto continuou, continuamos recebendo esse material da Neila, que foi repassado aos professores e aos alunos. O trabalho continuou, mesmo à distância”, detalha.

Educação Sanitária com a socioeducação

A regional também conduz em Pelotas, desde 2017, o “Projeto de Educação Sanitária: construindo caminhos junto com a socioeducação”, voltado para jovens em privação de liberdade, em parceria com a Escola Estadual Dom Antônio Zattera e o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), além do apoio do Ministério Público Estadual do município. Participam do projeto 40 adolescentes de 13 a 19 anos, de diversas etapas da educação básica, além dos professores e agentes do Case.

A professora Darlene Salazar pontua que a continuidade das ações do projeto, mesmo durante a pandemia, foi fundamental, e que os conhecimentos adquiridos pelos jovens repercutem para além da sala de aula. “O que eu acredito ser muito interessante é que eles realmente se tornam multiplicadores desse conhecimento, muitos deles reconhecem a necessidade desse trabalho, pois identificaram casos que aconteceram com eles ou até mesmo com familiares, em situações como tuberculose e leptospirose”, exemplifica.

“Educação Sanitária na Escola”

Criado em 2010, o projeto “Educação Sanitária na Escola” é um programa de parceria com as secretarias de Educação com a proposta de incluir o tema da Educação Sanitária em Defesa Agropecuária no currículo escolar de forma transversal e interdisciplinar.

Assim que a parceria é confirmada, um questionário é respondido pelos professores das escolas participantes para o levantamento das informações que precisam ser abordadas em sala. “Assim construímos um diagnóstico das necessidades de cada região, para organizar um plano de trabalho junto das escolas em cima desse diagnóstico”, conta Neila.

Com atuação pioneira no projeto, em 11 anos de aplicação, a Regional de Pelotas já atendeu a mais de 120 escolas em dez municípios, abarcando uma comunidade de mais de 20 mil pessoas, composta por alunos, suas famílias, professores e funcionários das escolas atendidas.

Texto: Elaine Pinto
Fotos: Olga Paz

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