Terapia financeira pode te ajudar a lidar melhor com o dinheiro

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Psicologia e finanças têm tudo a ver. Veja como o terapeuta financeiro usa conceitos de saúde mental para melhorar sua relação com o dinheiro.

Ter as finanças em dia nem sempre é fácil. Após a crise causada pela pandemia de Covid-19, muitas famílias tiveram que usar suas economias, deixar de pagar dívidas e até pedir empréstimos para passar pelo momento com o mínimo de conforto. Agora, é preciso acertar as contas para sair do CPF negativado.

O planejamento financeiro é a ferramenta-chave para manter as contas em dia. Com a gestão do orçamento mensal, o consumidor consegue equilibrar o quanto pode ser gasto e quais as suas prioridades. Mas após um tempo de contas atrasadas, pode ser difícil fazer essa administração. Foi pensando nesse público que surgiu a terapia financeira.

Mais do que um problema financeiro, a má relação com o dinheiro pode ser sim um problema psicológico.

O que é terapia financeira?

É um campo que se preocupa tanto com a saúde financeira quanto com a mental. É, portanto, uma especialização que alia Psicologia e Finanças em busca do bem-estar.

Em cada sessão, os terapeutas ajudam os participantes a resolver a relação com o dinheiro de maneira saudável, contínua e duradoura.

A grande chave da mudança está em descobrir qual a origem emocional do problema financeiro. Então, antes de saber como agir daqui para frente com o orçamento, o participante vai descobrir quais crenças o levaram a ter problemas financeiros.

É uma medida que promete ser mais eficaz, porque em vez de apenas mudar a rotina — o que muitos podem acreditar ser algo impossível —, o indivíduo descobre o que moldou seu comportamento “nocivo” com o dinheiro. Portanto, poderá cortar esses hábitos.

Mais do que dinheiro

Para quem participa da terapia financeira, pode ser que a sessão trate de tudo, menos de dinheiro. Isso porque questões pessoais ou mal resolvidas podem (e costumam) se refletir na relação do indivíduo com as finanças.

Quem passou por muitas privações, por exemplo, pode comprar ou estocar produtos demais por receio de não ter como adquiri-los depois. Há também quem use o cartão de crédito para compensar vazios emocionais. Cada pessoa terá uma resposta e uma ação diferentes.

Quem pode participar da terapia financeira?

Não há um “paciente” específico. Pode ser um indivíduo, o casal ou a família completa. O importante é saber que não vai se tratar apenas de uma mudança de comportamento financeiro, mas de vida.

E como saber que é hora de procurar por terapia financeira? Não há um momento específico, e sim quando o indivíduo sente que precisa de ajuda.

É só pensar em quando as pessoas costumam procurar por auxílio psicológico: costuma ser em um momento de crise profunda. No entanto, assim como ocorre com o psicólogo, não é necessário procurar pelo terapeuta ocupacional apenas em situações graves.

Se o indivíduo sentir que não tem uma boa relação com o dinheiro e que não consegue economizar mesmo tendo um bom orçamento mensal, talvez seja hora de procurar por esse especialista e começar a lidar com suas finanças de maneira mais saudável.

Finanças e Psicologia

Cientificamente, já é provado que dinheiro traz, sim, felicidade. Mas não do jeito que se imagina, com o consumo desenfreado de produtos e serviços, e sim com a estabilidade financeira.

No estudo Experienced well-being rises with income, even above $75,000 per year,  publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), o psicólogo e membro da Universidade da Pensilvânia  Matthew Killingsworth coletou  1,7 milhão de dados de mais de 33 mil participantes entre 18 e 65 anos sobre seus sentimentos durante o dia. Para isso, ele criou um aplicativo, chamado Track Your Happiness, em que cada indivíduo responderia perguntas em horários aleatórios sobre como se sentia.

O app fazia perguntas como “Como você se sente agora?” e, pelo menos uma vez durante o processo, também responderam “De modo geral, quão satisfeito você está com sua vida?” em uma escala que variava de “nada” a “extremamente”.

Analisando uma enorme gama de participantes, Killingsworth não só conseguiu concluir que, sim, o nível de satisfação aumentava entre as pessoas com renda financeira maior, mas qual o valor mínimo para que esse indivíduo atingisse o bem-estar: a partir de US$ 75 mil (R$413.902,50 em 18/10).

Receber um valor desta magnitude pode ser complicado — principalmente para quem não recebe em dólar americano —, mas procura por terapia financeira, não. Além de ajudar o indivíduo a conhecer as raízes de seu problema financeiro, o consultor também vai auxiliar a ter uma vida financeira melhor.

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