Mercado de Construção a Seco no Brasil avança criando novos conceitos e derrubando preconceitos

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5o Congresso Latam Steel Frame & Sistemas Industrializados reúne as mais importantes empresas e profissionais do segmento ao longo desta quinta-feira (09/06) e sexta-feira (10/06), em São Paulo

Os últimos anos foram de crescimento para o segmento, também conhecido como método de construção a seco, mesmo em um cenário desfavorável na economia do país e diante de um quadro de pandemia, no qual, vários setores da indústria, comércio e serviço foram afetados. Na solenidade de abertura no início da tarde desta quinta-feira (09/06), a coordenadora do Congresso Latam Steel Frame & Sistemas Industrializados, Luana Carregari, ressaltou com emoção a retomada do evento que esteve parado por dois anos, em virtude das restrições impostas pela pandemia.

“Buscávamos espaço para nos colocarmos como o caminho para um novo patamar tecnológico. Assim foi o nosso objetivo desde as primeiras edições auxiliando e impulsionando o setor. Aqui estamos em 2022 e, sem dúvida, podemos afirmar que os sistemas construtivos industrializados estão em outro patamar. Somos mais do que uma opção. Somos o setor da construção industrializada. A necessidade e urgência da pandemia nos obrigou a uma aceleração evidenciando todas as qualidades do off site. Vimos surgir hospitais em tempo recorde. Conceitos e preconceitos foram revistos”, declarou.

O representante do Governo Federal brasileiro, secretário Nacional de Habitação, Alfredo Eduardo dos Santos, manifestou o seu otimismo com relação às possibilidades que o segmento oferece tanto na geração de emprego e renda como na parte de desenvolvimento social.

“A visão que temos na Secretaria Nacional da construção industrializada é do papel importante da sustentabilidade. Sabemos que por muito tempo seremos dependentes de produtos naturais. Então nosso desenvolvimento vai depender da extração de produtos da natureza e isso tem consequências. Então quanto mais eficiente e organizados, melhor a contribuição para redução desse impacto para o planeta. O segundo aspecto é o uso eficiente de material com mais durabilidade, evitando assim a nova extração”, afirmou.

Francisco Pedrazzi, representante do Instituto de Construção a Seco da Argentina (Incose) e Uruguai (Iucose) destacou a satisfação em estar presente no evento falando dos desafios que o setor tem enfrentado.

“Começamos há vinte anos com uma característica apenas de rapidez na obra. Isso foi mudando e nos últimos anos apareceu a questão ambiental como ponto de referência. Estamos trabalhando para fortalecer a imagem em relação a esses parâmetros”, disse.

A experiência de países vizinhos ao Brasil é um diferencial importante na troca de conhecimento e parcerias, segundo a Ministra de Vivienda y Ordenamiento Territorial do Uruguay, Irene M. Fernandez.

“Temos traçado a meta de reduzir significativamente o déficit habitacional em nosso país que era em cerca de 60 mil habitações. Agradeço a oportunidade de transmitir e trocar conhecimento e experiência nessa área de sistemas construtivos não tradicionais. Temos apostado nesse segmento com o fim de baixar o custo do metro quadrado, reduzir o tempo de produção e aumentar o número de empresas que podem participar sem abrir mão da qualidade das construções. Convido a olharmos para o futuro juntos para dar condições dignas de moradia a cada um”, disse.

A industrialização da construção é considerado um caminho sem volta. O presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA), Danilo Batista, ressaltou que diante desse cenário é preciso discutir muito a questão da tecnologia quando se pensa em formação profissional.

“Sentimos uma falta muito grande das universidades estarem voltadas à questões tecnológicas. Há uma preocupação pequena ainda em se adaptar a formação profissional. É pouco o que temos nas escolas para formação dos profissionais que vão enfrentar esse mercado”, alertou.

O presidente executivo da Associação Brasileira Do Drywall, Luiz Antonio Martins, enalteceu a importância da união no setor.

“Quero destacar a importância de estarmos juntos. Aqui reunidos e pensando e desenvolvendo ideias para o crescimento econômico. Como numa obra, ninguém consegue nada sozinho”, afirmou.

A Construção a Seco pode ser considerado como um segmento dentro da própria construção civil e, por isso, tem uma estrutura básica de sua cadeia produtiva parecida, podendo ser dividida em cinco grupos de atividades: a indústria de materiais de construção, o comércio varejista e atacadista, as atividades de prestação de serviços, máquinas e equipamentos e, por fim, as construtoras.

O 5º Congresso Latam Steel Frame & Sistemas Construtivos acontece nos dias 09 e 10 de junho de 2022, no Centro de Convenções Senac. Mais informações podem ser obtidas no site https://congressosteelframe.com.br/ 

Redação e coordenação: Marcelo Matusiak

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