Por que e como separar o dinheiro pessoal e o da empresa

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Separação de valores ajuda o microempreendedor a manter as contas em dia. Veja como fazer

Muitos autônomos podem até ter uma boa renda mensal, mas acabam se atrapalhando na hora de pagar as contas da empresa. Isso ocorre porque, como não separam os ganhos da empresa, acabam usando tudo como se fossem recursos próprios. 

Quando se é MEI, por exemplo, o pagamento de impostos se resume a apenas uma guia mensal. Mas se não há um controle de gastos, esse pagamento pode ser comprometido e, com isso, uma série de direitos são perdidos.

Separar as contas, ter um “salário” fixo e investir em uma máquina que o dinheiro cai na hora são algumas medidas que ajudam o microempreendedor a não misturar os valores pessoais com os profissionais. Veja com mais detalhes:

Por que separar o dinheiro da empresa da conta pessoal?

Quem é MEI costuma acreditar que o dinheiro recebido com trabalhos é, por completo, seu salário. Isso costuma ser um erro. Afinal, mesmo uma microempresa conta com uma série de contas e investimentos necessários para se manter de pé.

Além disso, a renda de um negócio é variável. Portanto, é fundamental manter uma reserva de emergência para quando houver uma perda significativa de capital mensal. Esse caixa vai ajudar tanto em momentos de crise quanto na hora de investir na empresa, com a compra de equipamentos mais avançados e a contratação de um funcionário.

Como fazer essa separação

Veja algumas dicas para separar o dinheiro pessoal do da empresa.

Estabeleça o pró-labore

“Pró-labore” é uma versão “aportuguesada” de uma expressão latina que significa “pelo trabalho”. Em resumo, é uma espécie de salário estabelecido para o dono, sócio ou gestor de um negócio. Assim, ele tira esse valor todo mês, como se fosse um funcionário do negócio, e não fica refém dos ganhos ou perdas da empresa.

Por lei, não há uma regra para o valor do pró-labore. Ele pode ser estabelecido pelos sócios da empresa e, quando falamos de MEI, pelo próprio. Tudo isso é estabelecido pelo art.152 da Lei 6.404/76. Contudo, a única obrigação é que não seja inferior ao salário mínimo vigente.

Para definir o valor do pró-labore, estabeleça as funções do gestor e veja a média salarial praticada no mercado CLT. Depois, incida 20% a 30% no valor para compensar a falta de benefícios trabalhistas. Esse valor pode variar, claro, conforme os ganhos da empresa, mas o ideal é seguir essa conta.

Crie uma conta jurídica

Para que não haja erros, é preciso que o pró-labore e o dinheiro da empresa não fiquem na mesma conta. Portanto, o ideal é abrir uma conta jurídica para a empresa. Essa opção, aliás, traz uma série de benefícios, como a possibilidade de fazer empréstimos com juros baixos e condições de pagamento mais vantajosas.

Tenha um livro-caixa

O livro-caixa é um registro diário das despesas e receitas do seu negócio. Tudo o que é gasto diariamente para manter a empresa em pé deve constar nesse arquivo. Essas anotações podem ser feitas em tabelas, planilhas, Word ou no que for mais fácil para sua visualização. O importante é que seja simples de anotar e fácil de entender os gastos e ganhos diários. 

Com um livro-caixa organizado, é mais fácil saber qual o lucro da empresa. 

Não use o dinheiro da empresa para contas pessoais

Como dito, é comum que o MEI use o dinheiro da empresa para contas pessoais e vice-versa. Afinal, todos os ganhos parecem seu “salário”. Contudo, não é assim que funciona. Quem deseja ter uma empresa de longo prazo precisa fazer essa separação.

Quando não se usa o dinheiro do caixa para o pagamento de contas pessoais, o gestor aprende a organizar seus gastos com base no pró-labore. Caso contrário, sempre vai gastar pensando na reserva que, em um primeiro momento, não é sua.

Tenha uma máquina cujo dinheiro cai na hora

Uma razão para usar o dinheiro da empresa para pagar algo pessoal e vice-versa é a demora para que determinado valor caia na conta. Para evitar esse problema, o ideal é contar com uma maquininha cujo dinheiro caia na hora. Assim, não há atrasos: quando o valor cai no banco, é possível estabelecer a porcentagem para cada área da empresa.

Fonte: Redação

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