Empresas americanas reduzem tempo e custos utilizando a tecnologia da impressão 3D na construção civil
O uso da tecnologia de impressão 3D tem se tornado cada vez mais recorrente no mercado, sendo utilizada em diversas aplicações. O uso na medicina permite que itens cirúrgicos e próteses sejam feitos com mais rapidez, baixo custo e eficiência. Mas, para além disso, a impressão 3D também vem sendo utilizada pela indústria da construção civil para construir moradias nos Estados Unidos.
O uso da tecnologia para esse tipo de trabalho tem diversos efeitos. O custo para construir uma casa com a impressão 3D é cerca de 40% menor, quando comparado com as construções normais, afirma Sam Ruben, cofundador da Mighty Buildings, startup focada na realização e construção de uma parte dessas moradias em solo estadunidense.
Além do custo reduzido, o uso da tecnologia 3D em parte da construção permite que a obra seja realizada pela metade do tempo, levando cerca de sete dias para a conclusão, e diminuindo cerca de 95% do tempo de trabalho. Ela também proporciona menor desperdício de materiais, já que a impressora não produz tantos resíduos que seriam descartados na obra.
A empresa Alquist também é uma das responsáveis pela entrega de casas nesse modelo. Visando melhorar a vida de pessoas de baixa renda que sonham com a casa própria, a startup se juntou em parceria com a ONG Habitat For Humanity para a entrega de casas feitas em Virginia. O projeto foi finalizado no final de 2021, e a moradia conta com três quartos e dois banheiros.
A construção civil tem aderido a diversas outras tecnologias que permitem a personalização e automação do ambiente. Aqui, no Brasil, por exemplo, é possível encontrar casas à venda em Niterói, no Rio de Janeiro, com automação completa, conexão com modernos sistemas de segurança, painéis solares, eletrodomésticos inteligentes, entre outros serviços que facilitam a vida do morador e também podem ajudar na hora da construção.
O uso desses tipos de tecnologias na indústria é revolucionário e pode ser a solução para diversos problemas, como o do clima, no caso de painéis solares, mas também para problemas de moradia. Segundo o Department of Housing and Urban Development (Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano), dos Estados Unidos, o número de pessoas sem moradia vem aumentando drasticamente. Na Califórnia, estado mais rico do país, a população em situação de rua chega a cerca de 160 mil indivíduos. Por isso, fazer o uso de tecnologias que barateiam e agilizam a construção de moradias pode ser uma alternativa na parceria entre ONGs e construtoras.
