Jaguar: curiosidades sobre o carro funerário que conduziu o corpo da Rainha Elizabeth II

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Em vida, a rainha fez parte da elaboração do carro, um híbrido entre Jaguar Land e Royal II Household

A Rainha Elizabeth II foi sepultada em setembro de 2022, após 11 dias do comunicado da sua morte, seguindo a cerimônia e a tradição britânica, cumprindo todos os ritos e simbolismos exigidos para a sucessão da coroa.

Entre os integrantes da família real, guardas e cavaleiros, se destacou também o Jaguar, convertido em carro funerário no cortejo. Projetado pela própria rainha, o veículo foi responsável por transportá-la até o Castelo de Windsor, onde foi sepultada.

De acordo com informações da imprensa britânica, o carro não é novo e foi projetado com base em um Jaguar XJ, do ano 2010. Em uma parceria entre a Jaguar Land Rover e a  Royal Household – uma entidade que dá suporte à Coroa –, o veículo foi projetado, porém quem decidiu os detalhes finais da viatura foi a rainha.

Jaguar XJ

O carro teve a carroceria totalmente modificada, a começar pelo formato. Esta é a terceira “station wagon” – também conhecida como modelo perua – da marca. Antes dele, foram feitos os modelos X-Type Sportwagon e uma versão mais alongada do Jaguar XF. A carroceria foi alongada para comportar a urna real, e o teto foi elevado para comportar o caixão e os outros objetos, como as joias da Coroa. Quem busca um carro com características similares pode encontrar em um T Cross seminovo.

A pintura foi escolhida para combinar com a frota real, em um tom vinho escuro, chamado de Royal Claret, e a lataria recebeu elementos decorativos da monarca, como a cifra real.

Ser vista em morte como era em vida

O veículo foi adaptado para ter um teto alto e pilares finos, facilitando a visão do interior dos súditos à medida que a rainha passasse pelas ruas de Londres. Além da altura, o carro conta com uma claraboia no compartimento do caixão bem iluminada, para que ela pudesse ser vista também durante a noite.

Ao planejar o veículo, a vontade de Elizabeth era de que as pessoas a vissem na morte como a viam em vida, por isso achava importante que, caso o carro circulasse em uma noite de inverno, as pessoas pudessem ver seu interior com clareza e sem dificuldades. No entanto, o rosto da rainha não ficou exposto e foi coberto por uma bandeira com as insígnias reais.

O Jaguar XJ não foi o veículo usado para circular na Escócia. No país, seu caixão foi carregado por uma limusine Mercedes-Benz, fornecida por uma funerária local. A Mercedes, originalmente prateada, foi pintada na cor preta, para se adequar aos protocolos da família real.

Caixão de chumbo

Segundo o jornal britânico The Times, o caixão que guarda o corpo da monarca foi fabricado há mais de 30 anos e foi feito de carvalho inglês e forrado com chumbo – uma prática que acompanha a família real há séculos.

O caixão, que pode chegar a pesar 250 quilos, é revestido de chumbo porque o material permite um fechamento hermético, ou seja, faz com que a passagem de ar para dentro seja completamente bloqueada, impedindo o movimento de partículas que podem acelerar a degradação do corpo por quase um ano. Após o sepultamento, o caixão é colocado em uma câmara e não é enterrado.

Nos registros históricos da Abadia de Westminster, o revestimento está presente nos caixões de Elizabeth I (1533/1603) e Charles II (1630/1685), assim como no caixão do nobre Sir Francis Drake (1540/1596), famoso navegante inglês.

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