Safra de mel é tema de reunião da Câmara Setorial de Apicultura

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

Com os efeitos de mais uma estiagem, a safra do mel deste ano no Rio Grande do Sul deve ter uma boa produção, porém com distribuição irregular pelas regiões do Estado. É a avaliação de representantes de entidade do setor apícola manifestada durante a reunião da Câmara Setorial de Apicultura, realizada nesta terça-feira (09/05) pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

“Estamos com uma safra disforme, mas relativamente boa na maioria das regiões do Estado. A preocupação do produtor é com a diferença de preço de venda em relação aos outros anos, estamos com o preço muito baixo. Os entrepostos não estão querendo vender, estão segurando o mel porque não está valendo a pena vender agora”, avaliou o secretário executivo da Federação Apícola do Rio Grande do Sul (Fargs), Patric Luderitz.

O presidente da Federação, Ademir Haettinger, é apicultor em Bossoroca, região Noroeste, e pontua que sua produção está excepcional este ano, com média de 35 quilos de mel. “No ano passado tirei só 13,5 quilos, e em 2021, 26 quilos”, compara.

Como encaminhamento, a Câmara Setorial pensará estratégias para aumentar a demanda local, estimulando o consumo de mel.

Em 2021, o Rio Grande do Sul ultrapassou o Paraná como maior estado produtor de mel no Brasil, com 9.212 toneladas.

Inquérito sobre sanidade das colmeias

O coordenador do Programa de Sanidade Apícola da Seapi, Gustavo Diehl, apresentou informações gerais sobre o inquérito para determinar a prevalência e fatores de risco do ácaro Varroa destructor em colmeias de abelhas (Apis mellifera) no Rio Grande do Sul e vigilância ativa para o pequeno besouro das colmeias (Aethina tumida).

A pesquisa, com previsão de duração até o final de maio, vai visitar 375 propriedades, localizadas em 97 municípios do Estado. As amostras coletadas serão compostas por 200 abelhas por colmeia, que serão analisadas no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (CEPVDF).

“Com esse levantamento, teremos mais informações sobre a dispersão dessas enfermidades, seus impactos na produção de mel e formas para seu controle”, completou Diehl.

O primeiro caso de pequeno besouro das colmeias no Brasil foi registrado no estado de São Paulo, em 2015. No Rio Grande do Sul, o primeiro caso confirmado surgiu em 2022, em apenas uma propriedade. “Traçamos um raio de cinco quilômetros a partir do foco e visitamos todos os apiários dentro deste raio. Não encontramos nenhum besouro”, relatou Gustavo.

No encerramento da reunião, houve a indicação do novo coordenador da Câmara Setorial de Apicultura, sendo eleito para o posto, por unanimidade, o secretário executivo da Fargs, Patric Luderitz.

Participaram da reunião representantes das seguintes entidades: Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Emater/RS-Ascar, Federação Apícola do Rio Grande do Sul (Fargs), IBGE, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), PUCRS, Sebrae-RS, Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), UFRGS e Unipampa.

Texto e foto: Elaine Pinto

Este site utiliza cookies para melhorar o desempenho e entregar uma melhor experiência de navegação para você, além de recomendar conteúdos do seu interesse.
Saiba mais em. Política de Privacidade

ACEPTAR
Aviso de cookies