Inter mata o River no Gigante lotado e está nas quartas da CONMEBOL Libertadores

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

Uma noite inesquecível para um Clube que fez por merecer! Superado por 2 a 1 na partida de abertura das oitavas de final da CONMEBOL Libertadores, disputada no Monumental de Núñez, o Colorado colocou a força do Beira-Rio à prova nesta terça-feira (08/08). Com o apoio de mais de 50 mil pessoas o Inter devolveu o placar da ida no tempo normal, venceu o River Plate por 9 a 8 nos pênaltis e avançou de fase na principal competição do continente.

Inter domina, arbitragem prejudica

Os dois times foram a campo com novidades em sua escalação. No Inter, Coudet promoveu Mauricio aos titulares. O camisa 27 ocupou o corredor direito do meio de campo colorado, alinhado com Wanderson, que atacava pela esquerda, e próximo de Alan Patrick e Valencia. Do outro lado, Demichelis quis ser ofensivo e começou a partida com o extrema Pablo Solari no lugar do meio-campista Nacho Fernández. Ousado demais (especialmente no Beira-Rio).

A estratégia colorada respeitou a cartilha dos bons mandantes. Agressivo, o Inter pressionou intensamente a saída de jogo do River Plate, deixando os visitantes desconfortáveis. Logo aos três minutos, acredite se quiser, o goleiro Armani já era advertido por cera. Os argentinos queriam esfriar o Clube do Povo e, para isso, se mostravam dispostos a abusar do antijogo. Inteligente, o time de Coudet respondeu na bola.

A primeira chance clara da noite surgiu aos 18 minutos. Depois de grande jogada de Wanderson, que deixara Casco deitado antes de cruzar, Bustos aproveitou o corte ruim da zaga para ficar com a segunda bola. A poucos centímetros da meia-lua, o argentino serviu Aránguiz. Mesmo atropelado pela marcação, o chileno conseguiu desviar de letra e servir Alan Patrick, que bateu para milagre de Armani. O lance, na sequência, foi anulado por impedimento inexistente.

O jogo colorado fluía pela direita. Agressivo, Bustos chegava com frequência à linha de fundo, e o espaço para isso vinha como consequência da movimentação de Mauricio, sempre arrastando a marcação para fora do corredor. Retraído no próprio campo, o River quase não conseguia armar contragolpes, e via seus raros momentos de lucidez ofensiva serem abreviados por intervenções pefeitas de Gabriel Mercado.

Aos 29, as linhas altas valeram ao Inter importante recuperação de bola no campo de ataque. Rapidamente, Mauricio deixou com Valencia, que deu uma meia-lua no marcador para entrar na área e, de perna direita, bater rasteiro. Armani espalmou, mas a bola seguiu com o Clube do Povo e logo retornou para Enner. Dentro da área, o equatoriano recebeu de Alan Patrick, fez o giro e tentou de canhota. De novo, o goleiro salvou.

O gol colorado amadurecia rapidamente. Participativo, Valencia teve outra boa chance quando ignorou a falta de ângulo e, pela esquerda da área hermana, bateu de chapa. A bola não fez a curva esperada. Nocauteado, o River Plate vacilou aos 33. Em velocidade, Bustos recebeu inversão de Alan Patrick, encarou Enzo Díaz e foi derrubado. Para todos, pênalti. Para a arbitragem, lance normal.

O bom momento do Inter obrigou Demichelis a trocar. Nacho Fernández entrou na vaga de Enzo Pérez, lesionado, aos 38 minutos de confronto, e criou a melhor oportunidade do River no primeiro tempo. Já nos acréscimos, o camisa 10 adversário bateu falta fechada, em direção a Beltrán. O centroavante não desviou e a bola ameaçou tomar o caminho do gol, mas Rochet, atento, defendeu. O intervalo chegava com o placar injustamente zerado.


Duelo de gigantes

As rédeas da partida seguiram sob posse do Inter no segundo tempo. Aos dois minutos, Wanderson testou de fora da área e levou perigo, mas exagerou na força. Pouco depois, Valencia recebeu de Mauricio e bateu cruzado. Para fora! Irritante, o antijogo finalmente valeu cartão amarelo para Armani. Àquela altura, porém, o correr do relógio já era inimigo colorado.

Engasgado na garganta do povo colorado, o grito de alívio foi parcialmente liberado aos 15, quando Mauricio balançou as redes. O gol foi invalidado por impedimento de Enner Valencia, que participara da jogada. Definitivamente, as coisas estavam difíceis pelo chão. Felizmente, marcamos no alto.

O crônometro indicava 24 minutos quando Wanderson cobrou escanteio pela esquerda. Aberta, a batida foi desviada, na primeira trave, por Johnny. Com força, foi logo arrematada, no segundo poste, por Mercado. Fulminante, o testaço do zagueiro explodiu no travessão, picou depois da linha fatal e, para não deixar dúvidas, retornou direto para os barbantes da meta visitante. No Beira-Rio, 1 a 0. No agregado, 2 a 2.

Consciente de sua importância, a torcida colorada reagiu ao gol com o mais incendiário de nossos cantos. No ritmo da Camisa Vermelha, o Inter partiu com tudo para cima. Luiz Adriano e Pedro Henrique entraram em campo e, com a dupla de parceiros, Enner começou a jogar mais pela esquerda. Exatamente por ali, Valencia foi derrubado por González Pirez na altura do minuto 31. Falta boa. O caldeirão estava em ebulição!

A goleira sul do Beira-Rio é mágica. Grandes momentos da história colorada aconteceram ali, como o Gol Iluminado e o cabeceio de Tinga diante do São Paulo. E quando o assunto é magia, todos lembramos de Alan Patrick, o camisa 10 que decidiu surpreender e, no lugar de cruzar na área, bateu direto. Abençoada, a cobrança desviou na barreira, tomou o contrapé de Armani como destino e dormiu na bochecha da rede adversária. Golaço!

O River não se deu por vencido. Em desvantagem no escore agregado, Demichelis transformou seu ataque, que passou a contar com Colidio e Palavecino. Atento ao desespero visitante, Coudet reforçou o poder de marcação do meio de campo colorado: nas vagas de Alan Patrick, Wanderson e Bustos, entraram Bruno Henrique, Carlos de Pena e Igor. Ainda assim, os argentinos conseguiram marcar. Aos 45, Rojas mandou a decisão para os pênaltis.


Chino Rochet tinha um plano

Para quem chegou a tocar o 2 a 0 com as mãos, os pênaltis tinham gosto amargo. Antes do apito final, contudo, o enlouquecedor roteiro de partida já oferecera uma pista de que a noite seria encerrada com alegria para a torcida colorada. Aos 48 minutos do segundo tempo, Rochet voou para espalmar perigoso chute de Aliendro, impedindo o empate argentino. Nosso goleiro, ficava claro, estava pronto para brilhar.

Abertas pelo River, as penalidades começaram a ser batidas na goleira norte do Gigante. Para os visitantes, Palavecino fez o primeiro. A resposta do Inter veio com Luiz Adriano, artilheiro. Depois, Beltrán recolocou os argentinos em vantagem, mas Enner Valencia deu um exemplo de hierarquia e manteve a conta igualada. A partir daí, mais quatro gols foram anotados por cada equipe (Bruno Henrique, PH, Renê e Mercado marcaram para o Clube do Povo).

Responsável pela segunda cobrança alternada do River Plate, Solari até marcou, mas com dois toques. Flagrada pelo VAR, a irregularidade deixava o Inter a uma batida de conquistar a vaga. De Pena, todavia, acertou o poste. Depois dele, Enzo Díaz e Paulo Díaz tranquilizaram o time de fora, enquanto Johnny e Igor não deixaram o Colorado ficar para trás. A tensão era tamanha que nem a marca da cal aguentou.

Antes da nona cobrança, o árbitro Andres Matonte decidiu inverter a goleira. Da baliza norte para a sul, o Beira-Rio percebeu que o destino começava a sorrir para o povo colorado, que não demorou para festejar efusivamente o erro de Rojas. O rival acertou o travessão. Mais uma vez, o Inter ficava a um gol de avançar. Desta vez, Chino Rochet decidiu que seria ele o batedor final, e o fez com maestria. Bola para um lado, Armani no outro e Inter classificado!

Ficha técnica:

Internacional (2)(9): Rochet; Fabricio Bustos (Igor Gomes), Vitão, Gabriel Mercado e Renê; Johnny, Charles Aránguiz (Luiz Adriano), Mauricio (Pedro Henrique) e Wanderson (Carlos de Pena); Alan Patrick (Bruno Henrique) e Enner Valencia. Técnico: Eduardo Coudet.

River Plate-ARG (1)(8): Armani; Casco (Rojas), González Pirez (Palavecino), Paulo Díaz e Enzo Díaz; Pérez (Fernández), Aliendro e Nicolás de la Cruz; Solari, Beltrán e Barco (Colidio). Técnico: Martín Demichelis.

Gols: Gabriel Mercado, aos 24’/2ºT, e Alan Patrick, aos 32’/2ºT (I). Rojas, aos 45’/2ºT (R).

Cartões amarelos: Aránguiz, Wanderson e Vitão (I). Armani, González Pirez e Solari (R).

Arbitragem: Andres Matonte apita, auxiliado por Nicolas Taran e Carlos Barreiro. Quarto Árbitro: Jose Burgos. VAR: Leodan Gonzalez.

Estádio: Beira-Rio.

Público: 50.479. Pagantes: 45.820. Não pagantes: 4.659.

Renda:R$ 1.735.185,00.

Fonte: https://internacional.com.br/

Este site utiliza cookies para melhorar o desempenho e entregar uma melhor experiência de navegação para você, além de recomendar conteúdos do seu interesse.
Saiba mais em. Política de Privacidade

ACEPTAR
Aviso de cookies