O que fazer quando o cachorro gera problemas no condomínio?

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Saiba como resolver esses problemas sem cogitar o abandono do animal

Com certa frequência, tutores relatam que recebem queixas de outros moradores do condomínio por causa do cachorro.

Nenhum morador é obrigado a aturar barulhos e sujeiras de outro animal, mas também não é preciso se desfazer do bichinho por causa das reclamações.

É totalmente possível mudar o comportamento do cachorro para que ele aprenda a conviver com a presença indireta de outras pessoas.

Porém, é incabível cogitar o abandono. Conversar com o síndico do prédio e com vizinhos e tomar medidas para evitar certos tipos de transtornos, é essencial para manter uma boa relação.

Conversamos com a professora e advogada, Especialista em Direito e Gestão Condominial, Daniela Derminio, sobre as leis e soluções para evitar maiores problemas.

Foto: VYCHEGZHANINA

Entrevista

Totós da Teté – Perante a lei, os condomínios podem proibir a pessoa de morar com o pet?

Advogada – A lei não proíbe animais de estimação em condomínio. No entanto, embora não seja possível o seu despejo, o dono do pet deve cuidar para que não haja incômodo fora do “normal” aos demais moradores. O bom senso deve sempre prevalecer no condomínio.

Totós da Teté – Em quais casos a pessoa levar uma multa? O que fazer quando a polícia é solicitada?

Advogada – A pessoa pode ser multada em todos os casos em que haja previsão de multa na convenção do condomínio ou no seu regulamento interno. Por isso, é muito importante ter ciência do teor de tais documentos.

O morador que se sentir incomodado poderá chamar a polícia para reportar a eventual perturbação de sossego e o dono do bichinho poderá se explicar e se defender.

Soluções imediatas 

Totós da Teté – Quais são as queixas mais comuns sobre cães em condomínios e quais são as soluções mais rápidas para que o abandono de cães não ocorra?

Advogada – As principais queixas de cães nos condomínios são com relação à higiene. Alguns donos de pet andam com seu bichinho nas áreas comuns e não cuidam para que não deixem rastros, digo, fezes.

Há também queixas de cães que latem muito quando estão sozinhos e, menos comum, animais que atacam outras pessoas quando estão soltos. Em todos esses casos o melhor a se fazer é conversar com o dono do pet e procurar uma solução amigável.

Para o cão que late muito quando está sozinho, o proprietário pode deixar brinquedos que distraiam o animal ou, se possível, deixá-lo na casa de algum familiar, amigo ou hotelzinho durante o período que não estiver em casa.

Já para os casos de ataque às pessoas, o dono do cão deve cuidar para que jamais saia sem coleira e guia, itens fundamentais e obrigatórios nas áreas comuns.

Foto: Aleksandr Zotov

Dicas do adestrador

O adestrador Rodrigo Fernandes deu dicas sobre a convivência do cachorro com os demais moradores do condomínio para evitar que desentendimentos aconteçam.

“O cão não deve circular sozinho ou com alguém não capacitado, como uma criança, por exemplo, para fazer xixi e cocô, para conter uma reação física do cachorro ou uma possível reação do vizinho”, disse.

E se estiver um outro morador dentro do elevador?

“O cão deverá ser posicionado na direção contrária da botoeira (onde ficam os botões dos andares) e atrás do tutor, para evitar que transtornos aconteçam” explicou.

E as temidas necessidades fora de casa?

“O tutor não deve permitir que o cachorro faça as necessidades fora de casa. Nem deixá-lo circular e cheirar o local. Saía rapidamente com ele para não dar tempo de o pet fazer nada.

Caso ele fizer, o tutor deve avisar o ocorrido e voltar para limpar. Não é obrigação dos funcionários do prédio limparem a sujeira do cão”.

Evite maiores problemas

“Os cães só têm limitações de circulação porque alguns tutores não têm educação e são muitos permissivos.

Não é normal o cachorro passar horas latindo sem parar. Há muitas ocorrências de pessoas que saem para trabalhar e o cão latindo o dia todo, ou late por qualquer barulho, como uma movimentação no hall do elevador. É preciso treinar o cão e controlar a ansiedade dele”, concluiu.

Verifique as normas do prédio para evitar que tenha reclamações do seu cachorro e incomodar os vizinhos no condomínio. Com bom senso, todos podem viver em harmonia.

Fonte: https://totosdatete.org.br/

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