Médica veterinária do IPVDF fala sobre diagnóstico da raiva em animais

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A analista agropecuário e florestal e médica veterinária do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Juciane Bonella, ministrou recentemente a palestra “Diagnóstico Laboratorial da Raiva” durante o treinamento teórico-prático do Programa Estadual de Controle e Profilaxia da Raiva e Vigilância da Febre Amarela. O evento, realizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS),  ocorreu na 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mais de 70 profissionais da Secretaria da Saúde (SES) de 33 municípios participaram do treinamento.

Juciane falou sobre o trabalho desenvolvido no Laboratório de Raiva do IPVDF. Segundo ela, em 2023, foram analisadas 985 amostras, sendo 712 de morcegos, 100 de cães, gatos e animais silvestres e 173 de animais de produção (bovinos, equinos, ovinos, suínos). No caso dos morcegos (a maioria das análises), foram identificadas 28 espécies ao longo do ano e 27 amostras foram positivas para raiva.

“Comparando janeiro de 2023 com janeiro de 2024, observamos um aumento de resultados positivos para o vírus da raiva em morcegos. Em janeiro de 2023 foram 3 de 113 (2,6%) de positivos e em 2024 foram 9 de 173 (5,2%), o que serve de alerta para as equipes de vigilância”, destacou a analista.

Juciane contou que os procedimentos para envio das amostras para o Instituto seguem algumas regras. A amostra de eleição para o diagnóstico de raiva é o encéfalo, que deve ser enviado inteiro, ou porções do cérebro, cerebelo e tronco encefálico. No caso de morcegos deve-se enviar o animal inteiro para realizar a identificação da espécie.

“As amostras devem ser encaminhadas refrigeradas ou congeladas e sempre acompanhadas do formulário de solicitação. O diagnóstico é realizado através da prova de imunofluorescência direta, e as amostras negativas são submetidas a provas complementares, que são a prova biológica e a PCR – reação em cadeia da polimerase”, esclareceu Juciane.

Durante o evento, foi realizado um treinamento prático de coleta de amostras biológicas, organizado pela Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde. “Foi demonstrado como realizar a coleta do encéfalo pelo forame magno, importante técnica quando se está a campo e não há ferramentas adequadas para remoção do encéfalo. Também foi demonstrado como se faz a coleta de órgãos para o diagnóstico de febre amarela e o acondicionamento correto dessas amostras”, finalizou Juciane.

Fotos; Divulgação/Seapi

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