Cultura japonesa ainda influencia a culinária brasileira

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O dia 18 de junho de 1908 está marcado para sempre na história das relações entre Brasil e Japão. Isso porque a data remete à chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao país – um grupo de 783 pessoas lideradas pelo empresário Ryu Mizuno. Hoje, o Brasil possui a maior comunidade nipônica fora do Japão no mundo, com cerca de dois milhões de japoneses e descendentes.

Junto com eles, vieram também diferentes aspectos culturais que foram abraçados pela sociedade brasileira. E uma delas, sem dúvidas, é a gastronomia. “A cozinha japonesa é muito especial e cativante, por conta dos seus métodos de preparação, seus sabores diferenciados e sua apresentação”, explica Chef Lili, culinarista e embaixadora da Zini Alimentos.

Vezzani ainda conta que a gastronomia orienta ganhou popularidade no Brasil a partir dos anos 1990, com a  invenção do rodízio. E esse sucesso pode ser medido em números. Segundo dados revelados pelo portal Seafood, no Brasil, existem cerca de 16,7 mil restaurantes japoneses, que faturam aproximadamente R$ 12,8 bilhões por ano. Destes, 58% estão localizados apenas no Sudeste, com destaque para a cidade de São Paulo.

“Outro fator que também contribuiu para isso é que a alimentação japonesa é mais saudável, e os pratos são bonitos, apetitosos e alguns ganharam uma releitura com ingredientes brasileiros e um toque de criatividade, às vezes ilimitada, dos nossos chefs”, enfatiza a culinarista. 

Uma culinária cheia de simbolismos

Além do sabor, a gastronomia influenciada pela cultura nipônica também tende a ser mais saudável. Isso porque ela estimula o consumo de mais legumes e frutas enquanto reduz frituras e carnes. “Com pouco óleo e gordura, os pratos japoneses estão conquistando todo o mundo, principalmente as pessoas que buscam uma alimentação mais saudável e saborosa”, pontua Chef Lili. Ou seja, além da experiência de comer algo culturalmente diferente, essa culinária também proporciona uma alimentação mais leve. 

A embaixadora da Zini Alimentos, no entanto, destaca ainda outro elemento-chave na relação entre os brasileiros e a culinária japonesa: o simbolismo. “Os pratos japoneses, além de altamente nutritivos e pouco calóricos, são carregados de simbolismos, onde o alimento é respeitosamente manipulado, preservando sua individualidade, o que representa a delicadeza e a disciplina do povo japonês”.

Ocidente e oriente se encontram na cozinha

No Japão, a gastronomia se desenvolveu ao longo dos séculos como um resultado de muitas mudanças políticas e sociais. E, se por um lado hoje é possível observar a influência da cultura asiática no Ocidente, por mais que sua população se dedique a preservar ao máximo as tradições locais, a cultura nipônica também sofreu influência ocidental.

Um exemplo disso é a famosa farinha panko. A palavra japonesa pan (パン) tem origem lusitana, e quer dizer pão. Isso porque os japoneses aprenderam a fazer pão com portugueses. Ao combinar essa palavra com o sufixo -ko, que quer dizer “farinha”, temos panko, que quer dizer então, literalmente, “farinha de pão”, comumente utilizada no preparo de sushis hots e camarões empanados, por exemplo.

Entretanto, hoje em dia, o uso da farinha panko ultrapassou as barreiras da culinária japonesa e foi absorvida pelo ocidente nos mais diversos preparos. Nos Estados Unidos, ela é utilizada no recheio do peru de ação de graças. No Brasil, ela substituiu a tradicional farinha de rosca no preparo de empanados e salgados fritos.

Um dos fatores para incorporação na gastronomia mundial é seu potencial de reter melhor os temperos, manter-se crocante por mais tempo e, principalmente, de absorver menos gordura. “Na minha opinião, por absorver menos gordura, ter uma característica mais rústica nos acabamentos finais e proporcionar mais crocância do que as outras, a panko está sendo usada cada vez mais na nossa gastronomia e esse uso deve aumentar devido a variedade de receitas que podem ser feitas com ela”, aponta Chef Lili.

Para mais informações, basta acessar: http://www.zini.com.br

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