Ao longo do ano passado, o FGTS totalizou receitas na ordem de R$ 61,5 bilhões, enquanto as despesas foram de R$ 38,1 bilhões
Nesta terça-feira (16/7), o Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou o relatório de prestação de contas referente ao ano de 2023, marcando um marco histórico com o maior lucro líquido já registrado pelo fundo: R$ 23,4 bilhões. Esse resultado representa um crescimento substancial em comparação ao lucro de R$ 12,1 bilhões alcançado no ano anterior, impulsionado por um lucro recorrente de R$ 16,8 bilhões e um lucro não recorrente de R$ 6,5 bilhões, proveniente principalmente de investimentos em fundos públicos e retornos de operações de crédito, como a renegociação do Porto Maravilha.
Ao longo do ano passado, o FGTS totalizou receitas na ordem de R$ 61,5 bilhões, enquanto as despesas foram de R$ 38,1 bilhões. Um ponto relevante destacado no relatório é o repasse significativo de R$ 25,9 bilhões ao Tesouro Nacional, proveniente do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2023.
Em uma próxima etapa, prevista para uma reunião no próximo mês, será deliberada a distribuição do lucro aos trabalhadores, processo que deverá ser finalizado até o dia 31 de agosto. A Caixa Econômica Federal será responsável pelo pagamento, e os trabalhadores poderão verificar o valor exato disponível através do site ou aplicativo do FGTS.
Este recorde de lucro do FGTS surge em um contexto onde, recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou uma proposta do governo federal para garantir que a remuneração do fundo não seja inferior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador oficial da inflação no país, calculado pelo IBGE.
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
