Aumento de Casos de Febre Oropouche Preocupa Autoridades de Saúde no Brasil

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Vírus transmitido por mosquitos tem sintomas semelhantes aos da dengue e já causou mortes

A febre Oropouche, uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito maruim (Culicoides paraensis) e por espécies do mosquito Culex, tem alarmado as autoridades de saúde no Brasil. Desde o primeiro isolamento do vírus em 1960, o número de casos tem aumentado drasticamente, com um registro de 7.236 casos em 2024, representando um aumento de 770,19% em relação ao ano anterior. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou recentemente duas mortes causadas pelo vírus, destacando a gravidade da situação.

Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo febre de início súbito, cefaleia, mialgia, artralgia, tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Embora a maioria das pessoas tenha uma evolução benigna e sem sequelas, até 60% dos pacientes podem apresentar recorrência dos sintomas após uma ou duas semanas. As mortes confirmadas na Bahia foram de mulheres jovens, sem comorbidades, que evoluíram para casos graves com manchas vermelhas e roxas pelo corpo, sangramentos, sonolência, hipotensão, e queda abrupta de hemoglobina e plaquetas no sangue.

O aumento expressivo de casos em 2024 levou o Ministério da Saúde a intensificar a detecção da doença em todo o país, disponibilizando diagnósticos para a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também emitiu um alerta epidemiológico, destacando o aumento dos casos na Região Norte, especialmente no Amazonas, Acre e Roraima, estados que fazem fronteira com países da bacia Amazônica. A Opas recomendou reforçar a vigilância diante da possível transmissão vertical do vírus Orov da mãe para o bebê durante a gestação.

As autoridades de saúde estão em alerta máximo, investigando possíveis novas mortes e casos de transmissão. O Ministério da Saúde e a Opas enfatizam a importância de medidas preventivas para controlar a disseminação do vírus, como o combate aos mosquitos transmissores e a conscientização da população sobre os sintomas e riscos da febre Oropouche. A rápida resposta e a cooperação internacional são cruciais para conter a propagação da doença e prevenir mais óbitos.

Crédito da Imagem: Prefeitura de Ipatinga/Divulgação

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