Fundos filantrópicos doarão R$ 2,9 milhões às organizações de comunidades destruídas pelas enchentes no Rio Grande do Sul

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Quase três meses se passaram desde que fortes chuvas assolaram o Rio Grande do Sul e o estado ainda enfrenta desafios para reconstrução, principalmente no setor de infraestrutura e no atendimento às necessidades das comunidades. Para apoiar na superação das barreiras, dois fundos filantrópicos doarão R$ 2,9 milhões para apoiar organizações de comunidades destruídas pelas enchentes.

O Fundo Casa Socioambiental lançou a chamada de projetos Reconstruir RS– Apoio à Resiliência Climática e Reconstrução Comunitária, para fortalecer e reconstruir comunidades afetadas. Serão apoiados 70 projetos, cada um com até R$40 mil, no total de R$ 2,8 milhões. A chamada apoiará iniciativas locais que promovam a resiliência climática e a recuperação sustentável. São três linhas de ação: iniciativas comunitárias, que apoiam ações socioambientais de recuperação econômica e meios de subsistência, utilizando conhecimentos locais e novas tecnologias; agricultura familiar e agroecologia, que envolvem a restauração de sistemas de produção de alimentos sustentáveis, sistemas alimentares agroecológicos e segurança alimentar; e restauração florestal, focada na recuperação da mata ciliar, recuperação do solo, , proteção de nascentes e recomposição de bacias hidrográficas, com ênfase para espécies nativas dos biomas do RS.

Já a Fundação Gerações destinará R$ 100 mil via Fundo Comunitário Porto de Todos (FCPT) para apoiar a reestruturação de organizações sociais de base comunitária diretamente atingidas pela enchente. O FCPT foi lançado no final de 2023 a partir da experiência da Fundação no programa Transformando Territórios, iniciativa do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS). O fundo é um instrumento para mobilização contínua de recursos e investimento em demandas estratégicas mapeadas de forma colaborativa Fundação, organizações sociais e lideranças comunitárias de Porto Alegre e Região Metropolitana. Na primeira chamada do edital, realizada em maio deste ano, que atendeu cinco ongs com R$ 20 mil reais de capital semente em cada.

É o caso do Instituto Camélia, na Ilha Pintada, em Porto Alegre, que foi afetado pelas chuvas. “Inicialmente, tínhamos pensado em utilizar a verba para comprar notebook e impressora, mas, depois que a água baixou e nos deparamos com o estado da casa, vamos ter que priorizar a fiação e outros aspectos estruturais”, planeja a coordenadora-geral, Elisiane de Fátima Jahn. “A água chegou até quase as lâmpadas”, complementa a vice-coordenadora, Beatriz Gonçalves Pereira. Praticamente só as quatro paredes de madeira do Instituto Camélia resistiram em pé após as águas do Guaíba arrastarem tudo para dentro da Ilha da Pintada em maio. A organização realiza um trabalho popular, ancorado nos direitos humanos e sociais a pessoas em situação de vulnerabilidade social desde 2020.

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