Após envolvimento em conflitos, torcedores uruguaios deverão cumprir medidas e estão proibidos de frequentar eventos esportivos
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu suspender o mandado de prisão preventiva de dez dos 21 torcedores uruguaios envolvidos em tumultos antes do jogo entre Botafogo e Peñarol pela semifinal da Copa Libertadores. Os torcedores foram detidos na zona oeste do Rio após conflitos com torcedores brasileiros, e, com a nova decisão, poderão responder em liberdade. Entretanto, a determinação inclui a proibição de que deixem o Brasil até o julgamento e de que frequentem eventos esportivos.
Para assegurar o cumprimento das restrições, o Juizado Especial do Torcedor determinou que os uruguaios compareçam ao órgão a cada dois meses e informem o endereço onde estarão hospedados no Brasil. Entre os liberados estão Michael Nicolas, Federico Gonzales, Santiago Facundo Sacramento Rodriguez, José Telechea, Santiago Zapata, Carlos Ramiro Tamborindeguy Lara, Felipe Pedrini, Lautaro Machado Raimondi, Luis Antonio Cursio e Jorge Lúcio da Silva Lima, que respondem por crimes como lesão corporal, roubo, dano e injúria racial.
Esses dez réus permanecem com restrições, enquanto os outros onze torcedores detidos continuam sob custódia. A decisão de mantê-los presos reflete a gravidade das acusações, entre elas resistência, desobediência, desacato e incitação à violência, conforme informaram as autoridades locais. A medida cautelar busca evitar novos confrontos, especialmente em períodos de alta movimentação esportiva no Rio.
O Juizado do Torcedor reforçou que medidas como estas visam controlar situações de risco e desordem associadas ao comportamento de torcedores em eventos esportivos. O caso permanece em análise pela Justiça, com o acompanhamento periódico dos torcedores e o reforço na aplicação de normas de segurança durante competições e grandes eventos na cidade.
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