Alimentação como ferramenta no tratamento de doenças crônicas e transtornos de saúde mental

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A alimentação tem um papel crucial tanto na prevenção quanto no tratamento de diversas doenças crônicas, como diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e questões relacionadas à saúde mental. Juliana Gonçalves, docente de Nutrição da Estácio Porto Alegre, destaca como uma dieta balanceada pode auxiliar no tratamento e controle dessas condições, favorecendo o bem-estar geral dos pacientes.  

O câncer, por exemplo, exige cuidados específicos com a alimentação. Durante tratamentos como quimioterapia ou radioterapia, é comum que os pacientes sofram com efeitos colaterais que afetam o apetite, como náuseas e vômitos. “A alimentação é primordial para manter o estado nutricional adequado do paciente e melhorar sua imunidade”, explica Juliana.  

Ela sugere o uso de fitoterápicos, como o gengibre, para aliviar sintomas como náuseas, o que melhora a qualidade de vida do paciente e facilita a adesão a uma dieta mais equilibrada. A docente reforça a importância de evitar frituras, alimentos industrializados e muito condimentados, enquanto se incentiva o consumo de alimentos naturais e ricos em proteínas.  

A saúde mental também está intimamente ligada à nutrição. Segundo Juliana, alguns nutrientes são muito importantes, como as vitaminas do complexo B, a vitamina D, o magnésio e o ômega-3. Deficiências dessas substâncias podem estar associadas a transtornos depressivos, ansiedade e insônia, e a inclusão de alimentos ricos nesses componentes pode auxiliar no tratamento e na prevenção desses transtornos. Ela destaca que a nutrição pode ser uma aliada na terapia convencional, complementando o uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos.  

No caso do diabetes, a profissional ressalta que é importante desmistificar algumas questões relacionadas à alimentação, principalmente os termos “diet” e “light”. Ela aponta que, para pacientes diabéticos, a leitura e interpretação corretas dos rótulos dos alimentos são essenciais, uma vez que o açúcar pode aparecer com nomes diferentes, como sacarose, frutose, maltodextrina ou xarope de milho. “O paciente diabético deve priorizar alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes e proteínas, evitando os ultraprocessados e bebidas açucaradas”, complementa.  

Ela também chama a atenção para a microbiota intestinal, que influencia diretamente a saúde mental. “Estudos mostram que cerca de 95% da produção de serotonina, neurotransmissor fundamental na regulação do humor, é derivada da nossa microbiota intestinal”, afirma. Alimentos ricos em polifenóis, presentes em frutas como mirtilo e morango, podem ajudar a manter a microbiota saudável e, assim, contribuir para o equilíbrio emocional.   

Outro ponto abordado por Juliana é a dieta anti-inflamatória, que pode ser eficaz na prevenção de inflamações crônicas, comuns em doenças como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. “Alimentos ricos em antioxidantes, como peixes de água fria, nozes, linhaça e frutas vermelhas, são essenciais para reduzir a inflamação e proteger as células do organismo”, explica a nutricionista.  

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