Ao encerrar o Ensino Médio a pergunta “e agora?” aparece quase automática, como se todos tivessem que saber o próximo passo de imediato, quando, na verdade, ninguém nasce sabendo
A professora Greice Carvalho, coordenadora do curso de Psicologia da Estácio, acompanha essa fase de perto e descreve o encerramento dessa etapa como “uma porta para um corredor amplo, cheio de possibilidades”. Ela lembra que essa dúvida, tão comum, não precisa ser vista como falha. “Escolher uma carreira é um processo, não um momento”, diz.
Nesse clima de descoberta, a orientação profissional vira ferramenta importante. Não é sobre responder um teste, e sim sobre entender a si mesmo, mapear interesses, olhar para as próprias habilidades com cuidado. “Não se trata de ‘testar’ algo, mas de desenvolver clareza”, afirma Greice.
O ambiente familiar também entra forte nessa conversa. Quando a casa vira lugar de escuta, sem julgamentos, a escolha pesa menos. Famílias que acolhem dúvidas ajudam o jovem a enxergar a profissão como terreno a explorar.
Do lado de fora, são oferecidos caminhos variados: curso técnico, universidade, formação híbrida, bolsas, áreas novas batendo à porta. Conversar com profissionais, circular por instituições, pesquisar o mercado, tudo isso ajuda a montar um quebra-cabeça mais realista. E existe uma pergunta simples, porém poderosa: eu me imagino fazendo isso por muitas horas da minha vida?
Greice lembra que não existe estrada única nem destino fechado demais para quem está só começando: “A primeira escolha pode não ser definitiva – e tudo bem.”
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