Com as tecnologias e as novas tendências de consumo, bem como as crises econômicas, quais serão as novas tendências do comércio de alimentos para os próximos anos?
As baixas rendas e o aumento da inflação, mostram um desafio bem grande ao Brasil nos próximos anos, independente do governo que o assumir.
Este ano, por exemplo, com a inflação em alta de 10,1% e a renda em baixa, em torno de 5,8%, o poder de compra dos brasileiros recuou 2,4% no supermercado. O resultado é que os brasileiros compram menos.
Para quem acredita que as notícias exageram, bem como as pesquisas, basta olhar em volta quando estiver fazendo compras no supermercado.
Não é raro observar pouco movimento nos corredores e, dentre as poucas pessoas que circulam para fazerem suas compras, cestas cada vez mais vazias.
Quando estas pessoas passam pelo caixa para efetuar o pagamento, os valores registrados são quase que motivo para espanto, não fossem os constantes reajustes aplicados aos quais o povo já se acostumou.
Por conta disso, a população busca por mecanismos que aumentem o seu poder de compra nos momentos em que mais precisa.
E nesse sentido, um estudo da Consultoria McKinsey, aponta que novas tendências podem ajudar o varejo a se adaptar às necessidades da população.
E quais serão as tendências de compras de alimentos para os próximos anos?
Escolha em função dos preços
Em tempos de crise, a marca dá lugar ao preço que cabe no orçamento. Essa já é a nova regra na hora de fazer as compras de alimentos no supermercado.
Em 2021, 40% dos consumidores já seguiram essa troca ao escolherem arroz, produtos de limpeza e de lavanderia.
Este ano, uma pesquisa realizada pelo Sincovaga – Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo, aponta que 67% trocaram mais de uma vez de marca só para economizar.
Os itens trocados foram arroz, feijão, farinha, carnes e laticínios.
Atacarejo em alta!
Segundo pesquisa do Sincovaga, o atacarejo registrou com a crise uma expansão de 10% desde 2020. Os números vão na contramão dos supermercados (-6%) e hipermercados (-20%) que registraram baixas nas receitas.
A expectativa com a crise é que o setor cresça ainda mais nos próximos anos, chegando a 15% segundo a Consultoria McKinsey já em 2023.
Compras digitais
Uma tendência que ganha cada vez mais adeptos é a compra pela internet. O novo formato além de proporcionar maior economia, implica em menos compras por impulso e facilita o autocontrole da família com o dinheiro.
Outras vantagens do e-commerce são também o frete baixo, a compra programada e os horários amplos de operação, que possibilitam a compra nos horários de maior tranquilidade.
Alimentos mais saudáveis
Ainda de acordo com a Consultoria McKinsey, 56% dos consumidores estão dispostos a reduzir a quantidade de itens, porém, para adquirir produtos mais saudáveis e orgânicos.
Trata-se da compra consciente, na qual mais importante do que comprar em grande quantidade é comprar o que valoriza o dinheiro.
Essa tendência deverá mudar os hábitos de consumo dos brasileiros, que passaram a comer frango em vez de carne vermelha, lentilha, grão de bico e outras em vez de feijão, e verduras e legumes com mais frequência, em vez de embutidos.
Outra tendência será a troca das sobremesas das crianças por frutas e outros alimentos mais saudáveis.
São as novas tendências para o mercado de alimentos que permitirão ao povo tentar manter uma alimentação senão equilibrada, pelo menos farta na mesa todos os dias. É o que espera o trabalhador brasileiro.
Fonte: Redação