Busca por empréstimos aumenta durante a pandemia

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Com a alta do desemprego, brasileiros encontraram no empréstimo a solução para se livrar de dívidas

Aumento do desemprego, dívidas em aberto, queda de público: a pandemia trouxe diversos motivos para que clientes e empresários procurassem ajuda financeira. O empréstimo com imóvel de garantia foi uma das modalidades com mais crescimento durante este período.

A busca por crédito continua em 2021 e, para facilitar os empréstimos, até mesmo leis foram criadas. No entanto, o consumidor precisa avaliar suas necessidades para não complicar as finanças futuramente.

Tendência desde 2020

Logo em março do ano passado, quando a pandemia de COVID-19 começou a tomar força no Brasil, muitos negócios procuraram por empréstimos.

Segundo uma pesquisa do Sebrae feita na época, que ouviu 6.080 empreendedores de todo o país, 60% das pequenas empresas que solicitaram valores nos bancos tiveram seus pedidos negados.

Na mesma pesquisa, 55% desses negociantes afirmaram precisar de empréstimos para manter a empresa funcionando sem gerar demissões.

Crescimento das taxas

Outro problema que as empresas encontraram foi o aumento de taxas de juros justamente nesse período. Em março de 2020, um levantamento feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) mostrou que:

  • a taxa de juros média nas linhas de crédito para pessoa física havia passado de 5,76% ao mês (95,82% ao ano) para 5,79% ao mês (96,49% ao ano) de fevereiro a março;
  • já a taxa para pessoas jurídicas passou de 3,12% ao mês (44,58% ao ano) para 3,17% (45,43% ao ano) no mesmo período.

Aumento do desemprego

De fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021, os números se mostraram ainda mais impactantes. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), o número de pessoas ocupadas no Brasil sofreu uma queda de 7,8 milhões.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta números parecidos. Se em fevereiro de 2020 havia 93,7 milhões de pessoas trabalhando, essa taxa caiu para 85,9 milhões no mesmo mês de 2021.

Atualmente, o país bateu mais um recorde negativo: o número de desempregados chegou a 14,4 milhões no final de abril, o maior número da série histórica.

Refinanciamento ganha força

O refinanciamento imobiliário ganhou força durante a pandemia. Essa modalidade, na qual o indivíduo usa seu imóvel como garantia de pagamento, é muito mais cômoda para quem deseja pagar seus débitos sem se comprometer com juros.

Além de estar ao alcance do público com dívidas em aberto, o refinanciamento é mais em conta do que o empréstimo tradicional.  Os juros são a partir de 1,05% ao mês + correção pelo IGP-M no refinanciamento do imóvel.

Ainda, o refinanciamento concede mais tempo para pagar e oferece parcelas que cabem no bolso. No geral, as instituições financeiras costumam liberar até 50% do valor do imóvel como crédito.

Crédito consignado

Antes da pandemia, o limite para crédito consignado (modalidade em que a parcela é debitada automaticamente da folha de pagamento do devedor) era de 35% do valor da renda do indivíduo.

Qualquer empresa que oferecesse um valor maior do que esse poderia ser acusada de má-fé, já que a parcela comprometeria a renda do solicitante.

No entanto, o PL 1973/20 visa aumentar de 35% para 45% a margem consignável para empréstimo com autorização de desconto no contracheque. Segundo o autor, o crédito foi, muitas vezes, a única fonte financeira capaz de garantir a sobrevivência de muitas famílias.

Antes dela, a Lei 14.131, de 30 de março de 2021, já havia ampliado em 5% o limite para contratação de crédito consignado até o final do ano vigente. Dos 40% autorizados para o empréstimo, 5% precisarão ser usados exclusivamente para amortizar despesas contraídas com cartão de crédito ou para saques.

Fonte: Redação

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