Brasileiro supera lesão e alcança o pódio com uma performance heroica
Em uma prova marcada pela superação, Bartolomeu Chaves garantiu a medalha de prata nos 400m da classe T37, destinada a atletas com paralisia cerebral, nas Paralimpíadas de Paris 2024. Com um tempo de 50s39, o brasileiro terminou a corrida atrás apenas do russo Andrei Vdovin, que se tornou bicampeão ao completar o percurso em 50s27. O bronze ficou com Amen Allah Tissaoui, da Tunísia, que estabeleceu o novo recorde africano com 50s50.
Para assegurar seu lugar no pódio, Chaves, também conhecido como Passarinho, tomou uma decisão extrema: se atirou na linha de chegada. A medida, que refletiu sua determinação inabalável, foi crucial para garantir a segunda colocação. “Dei tudo o que eu tinha. Eu me joguei. Foi f***. Deu certo”, declarou emocionado após a prova. Essa foi sua primeira medalha em Paralimpíadas, um feito ainda mais notável considerando os desafios físicos que enfrentou durante a preparação.
O atleta revelou que quase não acreditava que conseguiria medalhar, devido a uma lesão no joelho que prejudicou seus treinos. “Achei que nem ia medalhar, porque cheguei à aclimatação em Troyes com o joelho inflamado, treinei só quatro dias lá”, explicou. Apesar das dificuldades, Bartolomeu reconheceu o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) como fundamental para sua recuperação e sucesso na competição.
A prata de Bartolomeu Chaves representa mais do que um simples resultado; é um testemunho de sua resiliência e do espírito de superação que marca os atletas paralímpicos. Sua performance em Paris ficará na memória como um exemplo de como a determinação pode transformar adversidades em conquistas históricas.
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