IBC-Br revela queda em julho, mas economia brasileira cresce 2,61% até o momento em 2024
A atividade econômica brasileira encolheu 0,41% na passagem de junho para julho, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado foi um pouco melhor do que a expectativa do mercado, que projetava uma queda de 0,50%. Apesar da retração, a economia brasileira acumula um crescimento de 2,61% no ano de 2024 até julho, e de 2,03% nos últimos 12 meses, conforme os dados ajustados sazonalmente.
Mesmo com o recuo em julho, o índice registrou alta de 1,33% no trimestre móvel encerrado nesse mês, em comparação com os três meses anteriores. Na série sem ajuste sazonal, o avanço foi ainda mais expressivo, com crescimento de 3,22% frente ao mesmo período de 2023. Em termos de pontos, o IBC-Br passou de 150,3 em junho para 158,5 em julho, atingindo o maior nível da série histórica, empatado com o desempenho de março de 2023.
O Banco Central também revisou os resultados de meses anteriores na série ajustada, com a alta de junho ajustada de 1,37% para 1,36%, e a de maio revisada para 0,36%. Embora essas correções sejam comuns, elas mantêm a tendência de crescimento moderado da atividade econômica ao longo do ano, refletindo a resiliência da economia, mesmo diante de desafios internos e externos.
As expectativas para o crescimento do PIB em 2024 são otimistas, com o governo federal projetando um avanço de 2,5%, que pode ser revisado para 3% ou mais, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O Banco Central, por sua vez, previa um crescimento de 2,3% até o último Relatório Trimestral de Inflação. A nova estimativa do governo será divulgada nos próximos dias com a atualização dos parâmetros macroeconômicos.
Crédito da Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil